Acredito em fadas, gnomos, gênios, sacis, reinos encantados, mundos paralelos e na responsabilidade da palavra.
Por reconhecer o poder que ela exerce sobre nós, tenho como critério a qualidade do conteúdo na escolha dos livros que recomendo. Busco material que possa contribuir para o aprimoramento humano.
Desde 2010 faço um trabalho de garimpo, recolhendo "pedras preciosas" que identifico com meu olhar atento.
Este é um projeto independente, no qual não mantenho vínculo de divulgação com editoras, livrarias ou escritores. Os livros compartilhados são adquiridos por mim e fazem parte do meu acervo particular.
Sejam bem-vindos!

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18 agosto 2012

A Maior Flor do Mundo


José de Souza, este foi o nome dado a um menino que nasceu  em 1922 num pequeno vilarejo português chamado Azinhaga, na província de Ribatejo. Seu pai o chamou assim, mas o escrivão da cidade, por decisão própria acrescentou Saramago, apelido do pai, e assim surgiu José Saramago. Com certeza um anjo sussurrou no ouvido do escrivão e ele obedeceu. Na verdade certeza não tenho, mas é possível, pois José Saramago é nome perfeito para alguém que foi tão sensível e inteligente capaz de  envolver seu leitor!
Este livro escrito por ele e ilustrado por João Caetano é primoroso e conta a história de um menino, pequeno em seu tamanho, mas grande em seu feito, por um único motivo, assim o quis.
A história é narrada de forma simples e poética e deixa claro que as barreiras existem apenas em nossa mente e quando a vontade é grande e o coração livre e terno o impossível se torna real.
É um livro escrito para crianças, mas também inspirador para adultos que desejam se envolver com o belo e o profundo.
O grande menino Saramago nos deixou em 2010, mas sua obra já faz parte das nossas vidas, pois assim o quis!

28 março 2012

A Colcha de Retalhos

Tudo que vivemos nesta nossa vida não pode ser apagado. Nossa história é feita de pequenas histórias que, como numa colcha de retalhos, unidas formam uma imensidão de desenhos, cores e texturas. É assim a vida de todos nós, uma imensa colcha de retalhos que gera muitos sentimentos e um deles é a saudade. Alguns não gostam de senti-la, pois percebem que não conseguem voltar ao passado, mas nem devem, porque o que foi vivido está dentro de cada um e somente quando o passado se transforma em história é possível avaliar sua importância.
Este é o tema deste lindo livro escrito por Conceil Corrêa da Silva  e Nye Ribeiro. As ilustrações são de Ellen Pestili.
Eu recomendo com sinceridade.

19 março 2012

Dado o Gato sem Rabo

"Dado vivia com pressa e corria sem direção.
Corria para o lado certo, corria na contramão"
Não é lindo um texto rimado? Eu acho muito simpático e divertido! Ele nos fala de um gato que não tem rabo, mas uma solução encontra para isto. 
É singelo o livro e a ilustração compõe um clima agradável e pueril. 
Foi escrito e ilustrado por Seri, Sérgio Ribeiro, jornalista e ilustrador. 
Este é um livro de poucas páginas que pode dar asas à imaginação e estimular boas conversas sobre gatos. Eu recomendo!

22 janeiro 2012

O Amigo Fiel

Com texto de Oscar Wilde, adaptado e ilustrado em aquarela por Cárcamo, "O Amigo Fiel" é um excelente conto para estimular reflexões sobre a generosidade.
Às vezes ao sermos generosos colocamos o outro em primeiro lugar fragilizando-o e caímos em verdadeiras armadilhas de um tirano egoísta se fazendo de coitado, com argumentos fortes na ponta da língua.
Ao acreditarmos que toda boa relação pressupõe troca, pensamos não haver troca quando o egoísmo impera.
Se analisarmos melhor, generosidade em excesso pode esconder uma necessidade de valorização própria e deixar-se usar pelo egoísta bajulador e preguiçoso exibe um "acordo" de troca, nada saudável, é claro!
Através deste trabalho Cárcamo nos dá uma boa oportunidade para desenvolvermos conversas sobre a generosidade, egoísmo, amizade e acima de tudo a verdade, que está no equilíbrio das coisas e não numa moralidade estanque.

01 janeiro 2012

A Roupa Nova do Rei


Quais são as consequências da vaidade, acompanhada por um egoísmo um tanto quanto comum?  E se esta vaidade pertencer a alguém de poder? E se este poderoso for um rei com uma corte meio burra, sem opinião própria, por estar comprometida em sua posição? Ser rei é uma coisa, mas ser amigo do rei agrava qualquer circunstância, pelo desejo de manter os benefícios a qualquer custo, mesmo que seja através da mentira e muita encenação. Este texto de Hans Christian Andersen, adaptado por J. Borges e Jô de Oliveira descreve esta triste e perigosa vaidade que acaba expondo um rei ao ridículo.
Esta é uma história divertida, que se torna mais divertida ainda por ser em cordel. Tudo divertido estimulando a reflexão, coisa que todo bom livro pode conseguir.