Acredito em fadas, gnomos, gênios, sacis, reinos encantados, mundos paralelos e na responsabilidade da palavra.
Por reconhecer o poder que ela exerce sobre nós, tenho como critério a qualidade do conteúdo na escolha dos livros que recomendo. Busco material que possa contribuir para o aprimoramento humano.
Desde 2010 faço um trabalho de garimpo, recolhendo "pedras preciosas" que identifico com meu olhar atento.
Este é um projeto independente, no qual não mantenho vínculo de divulgação com editoras, livrarias ou escritores. Os livros compartilhados são adquiridos por mim e fazem parte do meu acervo particular.
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20 abril 2023

Roverando

Esta é uma história incrível, imaginada e escrita por J.R.R. Tolkien num esforço de consolar seu filho Michael, quando estava com 4 anos e havia perdido seu cachorro de brinquedo na praia. É a história de Rover, um cachorrinho branco e preto que arranjou uma encrenca com um mago que o enfeitiçou transformando-o num cachorro de brinquedo. E foi assim que começou a grande aventura do cachorrinho deste livro chamado Roverando, nome que vem da edição em inglês, Roverandom, resultado da junção de duas palavras: Rover (nome do cachorrinho, que significa “andarilho”) e Random, que é “casual ou sem rumo”, isto é, temos aqui um cachorrinho andarilho que vive muitas histórias fantásticas, com indivíduos que você não imaginaria numa história, mas Tolkien, sim! Esse nosso amiguinho até para a Lua vai, não deixando de contar as suas aventuras pelo Mar e claro, não faltaria um dragão!

É uma delícia participar das conversas entre um brinquedo e camarões numa sacola, de imaginar um cachorrinho diminuindo de tamanho a ponto de ver a grama se transformar numa extensa floresta! Mas não conto tudo, pois as aventuras de Rover são inimagináveis!

Tolkien sempre coloca em sua fantasia frases que despertam muita reflexão, pois ele é um escritor de fato fantástico! Veja se não tenho razão: “- Para que você quer se mexer? – perguntaram os outros brinquedos. – Nós não queremos. É mais confortável ficar parado e não pensar em nada.” Ou então, “Eu não reproduzi aqui toda a discussão dos dois, claro, foi comprida e complicada, como sempre acontece quando ambos os lados estão certos.”

Esta edição é de 2022 e a tradução para o português é de Rosana Rios.

Mais uma boa leitura recomendo, mais livro de Tolkien, um escritor atemporal.

 



 

06 abril 2023

Tommelise

 

Hans Christian Andersen (1805 – 1875), nasceu na cidade de Odense, Dinamarca, filho de um sapateiro e uma lavadeira, é um dos mais consagrados escritores da literatura para crianças do mundo todo! Criador do Patinho Feio, O Rouxinol, Nicolau Grande e Nicolau Pequeno, A Sereiazinha, Polegarzinha, Soldadinho de Chumbo, A Princesa e a Ervilha, A Rainha da Neve, Mágoas do Coração e muito mais!

Tommelise é o meu destaque de agora! Hans C. Andersen inventou esse nome para a personagem deste conto. Tomme, em dinamarquês, quer dizer ‘polegar’ e Lise é um nome próprio. E assim, Tommelise significa menina pequena como polegar.

Conta Andersen que uma mulher foi procurar uma velha bruxa para pedir-lhe ajuda, pois queria muito uma criança bem pequena, mas não sabia como encontrá-la. A bruxa então, deu-lhe um grão de cevada especial, não era um grão de comer. Disse à mulher para colocá-lo num vaso de barro e esperar para ver o que aconteceria!

Desse grão surgiu uma bela flor, uma tulipa e entre as suas pétalas estava uma linda menina! Pequenina, miúda, delicada e por ser assim, foi chamada de Tommelise!

Esta pequenina viveu muitas aventuras entre flores e com encontros inusitados! Uma sapa, um besouro, uma rata e toupeira! Todos maiores que Tommelise e encantados pela sua beleza e bondade! Até um casamento foi arranjado para ela com a toupeira, imaginem só!

Ela era admirada, querida e desejada, mas não encontrava seu lugar, era tão diferente de todos e sentia que lhe faltava seu semelhante, com quem pudesse se encontrar. Aqueles com quem pudesse ser parte. Mas tão pequenina, não sabia se mais pequeninos existiam. Até que com a ajuda de uma andorinha, se defronta com o Anjo das Flores, tão pequeno e gracioso quanto ela! Por fim Tommelise encontrou seus pares! Via que de dentro das flores surgiam outros pequeninos também e que por ser tão bela, deram-lhe outro nome, Maia, mais bonito, disseram! Como é bom sentir-se integrado, não é?

Num ambiente com inúmeras flores, pássaros e animais, a aventura de Tommelise é um convite fantástico para refletirmos sobre a importância de se perceber a própria identidade! E claro, com outras inúmeras reflexões e percepções que a literatura nos traz.

Esta edição é projeto gráfico de Mary França e Eliardo França.

Boa leitura!