Poemas podem ser lidos, mas também cantados! Ruth Rocha escreve os versos e Fortuna junto com o Coral Infantil do Sesc Vila Mariana cantam. Uma combinação bela e sensível, como deve ser quando nos dirigimos à infância. São doze poemas para serem ouvidos, dançados, cantados, falados, a tocar os corações de quem participar deste encantamento.
Numa edição primorosa de poesia para criança, onde tudo pode, desde que a imaginação conduza do começo ao fim.
Os poemas são musicados por Hélio Ziskind e as ilustrações são de Mariana Massarani.
Mais um trabalho de alta qualidade recomendo para crianças e todos aqueles que desejam se enternecer através da beleza da arte.
Tema da Postagem: Poesia para Crianças.
Acredito em fadas, gnomos, gênios, sacis, reinos encantados, mundos paralelos e na responsabilidade da palavra.
Por reconhecer o poder que ela exerce sobre nós, tenho como critério a qualidade do conteúdo na escolha dos livros que recomendo. Busco material que possa contribuir para o aprimoramento humano.
Desde 2010 faço um trabalho de garimpo, recolhendo "pedras preciosas" que identifico com meu olhar atento.
Este é um projeto independente, no qual não mantenho vínculo de divulgação com editoras, livrarias ou escritores. Os livros compartilhados são adquiridos por mim e fazem parte do meu acervo particular.
Sejam bem-vindos!
12 abril 2019
06 março 2019
Não me Toca seu Boboca!
"Não me toca seu boboca!" É o que diz uma criança quando tem as informações adequadas para perceber que os limites do outro ultrapassam seu bem estar e pode por isto se defender, expressando seu desacordo.
Tema delicado, mas necessário ser trazido à discussão e esclarecimento, o abuso sexual contra crianças.
Livro escrito por Andrea Viviana Taubman e ilustrado por Thais Linhares, traz ao público uma contribuição importante para que o crime sexual na infância tenha seu fim e isto só pode ser realizado com triunfo se houver explicação à respeito para crianças, pais, educadores e qualquer um que possa servir de agente na proteção à infância.
E mais, uma criança que aprende a importância de se defender, será um adulto que saberá como se preservar da violência de qualquer natureza, pois terá apendido que a proteção de sua vida e integridade estão em suas mãos e poder.
A comunicação aqui é feita de maneira clara, didática, com ilustração que traz o encanto tão necessário à infância, sem perder a objetividade do texto.
A prevenção, através da informação correta no que tange às formas do abuso e meios para a percepção do ocorrido e denuncia são oferecidos neste trabalho.
Livro mais que recomendado para crianças, pais, educadores e todos aqueles que se comprometem com a infância sadia.
Tema da postagem: Crime Sexual Contra Infância
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Ilustração de Thais Linhares |
28 novembro 2018
Faz de Conta
O que é o mundo do "faz de conta"?
Ele é o universo criado a partir de nossa imaginação.
Imaginar é tão importante quanto respirar. Fundamenta-se no princípio da criação, onde tudo parte das imagens da mente do criador, para depois tomar forma no mundo manifestado.
Permitir a uma criança explorar o mundo do "faz de conta" é permitir-lhe atuar através do seu poder criador.
Quem diz que o que está na imaginação não existe, não sabe que tudo se inicia na mente, com suas formas e enredos, que se concentram a formar uma semente, para depois germinar no mundo da forma.
Este livro que lhe mostro é composto somente por imagens, que surgiram tanto pela ponta de um lápis, como pelos pincéis mergulhados em tintas.
Belo trabalho editorial a traduzir o brincar de um menino e seu cãozinho à beira-mar. A criança imagina cenas de aventuras com a natureza que a cerca. A areia dá forma a um castelo, um graveto é um cavalo, uma varinha mágica, mas também uma lança para se defender de um dragão. Caranguejos podem ser homenzinhos e as ondas do mar se tornam um imenso monstro marinho.
Tudo nasce na mente imaginativa do menininho que o vive com a intensidade do seu coração, pois para ele é verdade. O que de fato é! Ele expressa seu mundo interno em sua deliciosa brincadeira e vive seus desafios a enfrentar monstros. Tem a experiência que necessita para criar, conhecer o mundo onde vive e a si mesmo, ao exteriorizar seus personagens simbólicos tão vivos dentro de seu ser.
Tino Freitas usa seu lápis e Romont Willy seus pincéis e tintas. Ambos criam um universo lindo que chamam de "Faz de Conta".
Mais um livro compartilho contigo para que se encante e faça outros se encantarem também.
Tema da Postagem: Imaginação; Brincar na Infância
Tema da Postagem: Imaginação; Brincar na Infância
15 outubro 2018
Mais de 100 Histórias Maravilhosas
Marina Colasanti, 1937, nasceu em Asmara, na Eritreia, viveu em Trípoli. Transitou pela Itália em inúmeras mudanças para depois transferir-se para o Brasil com sua família.
Jornalista, pintora e gravurista de formação, exibe um leque imenso de possibilidades, onde somam-se seus talentos dando à sua obra profundidade e beleza.
Jornalista, pintora e gravurista de formação, exibe um leque imenso de possibilidades, onde somam-se seus talentos dando à sua obra profundidade e beleza.
Mulher de olhar atento ao ser humano, já produziu inúmeras obras literárias de importância inquestionável, no universo das crônicas, contos e poemas, para leitores de todas as idades.
"Mais de 100 Histórias Maravilhosas" traz uma coletânea de nove livros, em ordem cronológica de edição e mais um inédito. São eles: Uma Ideia Toda Azul, Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento, A Mão na Massa, Entre a Espada e a Rosa, O Homem que Não Parava de Crescer, Um Amor sem Palavras, Longe Como o Meu Querer, 23 Histórias de um Viajante, Como Uma Carta de Amor e Quando a Primavera Chegar. Mais de uma centena de contos convidam o leitor a um mergulho no simbólico e profundo da natureza humana.
Leitura que não delimita idade para seu leitor, o que a torna bastante atraente e rica em significados, dando meios para reflexão àquele que busca expandir sua consciência a partir de sua perspectiva.
"Mais de 100 Histórias Maravilhosas" traz uma coletânea de nove livros, em ordem cronológica de edição e mais um inédito. São eles: Uma Ideia Toda Azul, Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento, A Mão na Massa, Entre a Espada e a Rosa, O Homem que Não Parava de Crescer, Um Amor sem Palavras, Longe Como o Meu Querer, 23 Histórias de um Viajante, Como Uma Carta de Amor e Quando a Primavera Chegar. Mais de uma centena de contos convidam o leitor a um mergulho no simbólico e profundo da natureza humana.
Leitura que não delimita idade para seu leitor, o que a torna bastante atraente e rica em significados, dando meios para reflexão àquele que busca expandir sua consciência a partir de sua perspectiva.
02 setembro 2018
O Limpador de Placas
O que torna uma pessoa especial? Sua fama, nível de escolaridade, beleza física, poder social ou financeiro? Se cada um de nós tentar responder, estaremos diante de infindáveis respostas.
Num momento onde a popularidade e o dito sucesso são muito atraentes e valorizados podemos nos defrontar com pessoas como o limpador de placas de Monika Feth, que a única coisa que queria era ser o que era, um limpador de placas de rua!
Mas este simpático homenzinho, dentro de sua simples tarefa exibia uma especialidade que torna, aquele que vive na sua profundidade a simplicidade, um ser especial, pela aprendizagem e generosidade em partilhar o aprendido.
Na sua tarefa de limpar placas de rua, se deparava com nomes de compositores e poetas à batizar as ruas de seu itinerário. Além de caprichar na limpeza, este terno senhorzinho, queria mais, e assim foi conhecer cada compositor através de suas obras e os poetas com seus poemas. Cada vez mais se aprofundava e se expandia nas obras dos artistas. Tanto lhe agradava, que ficou notório para quem passasse pelas ruas e o ouvisse recitar poemas ou assobiar músicas lindas, enquanto limpava as placas. Sem querer chamar atenção, mas apenas desfrutar e compartilhar do belo que descobrira.
Este homenzinho poderia se transformar num famoso homem, se quisesse, mas nada lhe interessava além de seu ofício e os encantos das palavras e sons.
O que torna alguém especial é sua capacidade de viver com profundidade e simplicidade a vida que se apresenta, tornando-se assim, maior que antes e por isso, compartilhar através de atos generosos.
Monika Feth em parceria com a arte de Antoni Boratynski nos oferece o belo do seu pensar e sentir.
Tema da Postagem: Viver com Profundidade e Simplicidade
Num momento onde a popularidade e o dito sucesso são muito atraentes e valorizados podemos nos defrontar com pessoas como o limpador de placas de Monika Feth, que a única coisa que queria era ser o que era, um limpador de placas de rua!
Mas este simpático homenzinho, dentro de sua simples tarefa exibia uma especialidade que torna, aquele que vive na sua profundidade a simplicidade, um ser especial, pela aprendizagem e generosidade em partilhar o aprendido.
Na sua tarefa de limpar placas de rua, se deparava com nomes de compositores e poetas à batizar as ruas de seu itinerário. Além de caprichar na limpeza, este terno senhorzinho, queria mais, e assim foi conhecer cada compositor através de suas obras e os poetas com seus poemas. Cada vez mais se aprofundava e se expandia nas obras dos artistas. Tanto lhe agradava, que ficou notório para quem passasse pelas ruas e o ouvisse recitar poemas ou assobiar músicas lindas, enquanto limpava as placas. Sem querer chamar atenção, mas apenas desfrutar e compartilhar do belo que descobrira.
Este homenzinho poderia se transformar num famoso homem, se quisesse, mas nada lhe interessava além de seu ofício e os encantos das palavras e sons.
O que torna alguém especial é sua capacidade de viver com profundidade e simplicidade a vida que se apresenta, tornando-se assim, maior que antes e por isso, compartilhar através de atos generosos.
Monika Feth em parceria com a arte de Antoni Boratynski nos oferece o belo do seu pensar e sentir.
Tema da Postagem: Viver com Profundidade e Simplicidade
26 junho 2018
A Lenda do Batatão
Conta-nos Marco Haurélio que o Batatão é um espírito dos charcos, relacionado às almas penadas, que não descansam enquanto não acertarem contas com o mundo terreno. Ele nos traz sua vivência do sertão, onde conheceu muitas histórias de assombração e é por isso que este conto em versos de cordel nos encanta, ao mesmo tempo que arrepia a alma, pois baseia-se naquilo que foi ouvido e vivido na tradição e isto nos impele a uma veracidade inquestionável. Quem não tem uma história de assombração pra contar e jura de pés juntos que aconteceu? Eu tenho várias, mas aqui não as cabe revelar.
Coronel Juca Bastos, um malvado vidrado em dinheiro, só lhe fez um destino, precisar depois de morto, pedir ajuda pra sua alma libertar do cativeiro. E Chico Lopes, seu vaqueiro, homem verdadeiro, desprovido do tal dinheiro, que conselhos dava ao velho mau pra não se perder na ilusão do ganho mortal, teve a missão de salvar o defunto coronel, sem igual.
Não conto mais pra não estragar, mas juro, esta história é de não esquecer. Dá vontade de ler do começo ao fim, sem parar e garanto, se ler em voz alta ficará entusiasmado com a cadencia do cordel, que cá entre nós, é de tirar o chapéu!
Marco Haurélio é de Ponta da Serra, município de Riacho de Santana, sertão da Bahia. Grande divulgador da literatura de cordel. É graduado em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia. Desenvolve um trabalho que inclui pesquisa, recolha, catalogação e publicação das manifestações da literatura oral brasileira. É autor de diversos livros.
Aqui a parceria é feita com Jô Oliveira, que ilustra o texto. Pernambucano da ilha de Itamaracá, hoje vive em Brasília. Seus trabalhos, livros e quadrinhos foram impressos e publicados em vários países do exterior e recebeu muitos prêmios pela criação de selos postais, ilustrações e quadrinhos. Busca referências no cordel, na xilogravura das capas dos folhetos, nos bonecos de Vitalino, no mamulengo e em diversas manifestações folclóricas.
Mais um livro lhe trago de valor, pois aqui só exponho obras ricas em conteúdo. Fica a dica!
Tema da Postagem: Cordel; Almas Penadas; Assombração
Coronel Juca Bastos, um malvado vidrado em dinheiro, só lhe fez um destino, precisar depois de morto, pedir ajuda pra sua alma libertar do cativeiro. E Chico Lopes, seu vaqueiro, homem verdadeiro, desprovido do tal dinheiro, que conselhos dava ao velho mau pra não se perder na ilusão do ganho mortal, teve a missão de salvar o defunto coronel, sem igual.
Não conto mais pra não estragar, mas juro, esta história é de não esquecer. Dá vontade de ler do começo ao fim, sem parar e garanto, se ler em voz alta ficará entusiasmado com a cadencia do cordel, que cá entre nós, é de tirar o chapéu!
Marco Haurélio é de Ponta da Serra, município de Riacho de Santana, sertão da Bahia. Grande divulgador da literatura de cordel. É graduado em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia. Desenvolve um trabalho que inclui pesquisa, recolha, catalogação e publicação das manifestações da literatura oral brasileira. É autor de diversos livros.
Aqui a parceria é feita com Jô Oliveira, que ilustra o texto. Pernambucano da ilha de Itamaracá, hoje vive em Brasília. Seus trabalhos, livros e quadrinhos foram impressos e publicados em vários países do exterior e recebeu muitos prêmios pela criação de selos postais, ilustrações e quadrinhos. Busca referências no cordel, na xilogravura das capas dos folhetos, nos bonecos de Vitalino, no mamulengo e em diversas manifestações folclóricas.
Mais um livro lhe trago de valor, pois aqui só exponho obras ricas em conteúdo. Fica a dica!
Tema da Postagem: Cordel; Almas Penadas; Assombração
Ao acessar o link poderá ouvir um trecho do livro que narro, confira:
21 maio 2018
Contos e Lendas dos Vikings
Penetrar no universo do imaginário do povo nórdico, os vikings, é conhecer um mundo onde há guerreiros corajosos, lutas, respeito pelos seus deuses e seres absolutamente fantásticos. Difícil não se envolver nas histórias que ao todo são doze: O Tesouro dos Deuses; Havbar e Signe; A Fortaleza dos Deuses e Sleipnir, O Cavalo de Oito Patas; O Matador de Dragões; Tyr e o Lobo Fenrir; Alvis, o Elfo Pedante; O Destino de Ursa; O Roubo de Mjollnir; Gefion, a Saltinbanca; A Vingança de Volundr; As Provas do Gigante Skrymyr; Baldr no Reino dos Mortos.
O texto foi escrito por Lars Haraldson, historiador norueguês, que se especializou nas artes e tradições dos povos nórdicos que dominaram a Europa entre 800 e 1050 da nossa era: os vikings. Não haveria alguém melhor para nos trazer suas narrativas, não é?
As ilustrações são de Jong Romano, com estilo vigoroso e fluido a compor as histórias.
Este livro faz parte de uma interessante coleção onde pode-se encontrar contos da Europa medieval, Egípcios, Africanos, Gregos, Romanos, dos Cavaleiros da Távola Redonda, dos doze trabalhos de Hércules. Uma série fantástica para quem gosta de "viajar" por este mundo deslumbrante.
Tema da Postagem: Contos; lendas; Vikings
O texto foi escrito por Lars Haraldson, historiador norueguês, que se especializou nas artes e tradições dos povos nórdicos que dominaram a Europa entre 800 e 1050 da nossa era: os vikings. Não haveria alguém melhor para nos trazer suas narrativas, não é?
As ilustrações são de Jong Romano, com estilo vigoroso e fluido a compor as histórias.
Este livro faz parte de uma interessante coleção onde pode-se encontrar contos da Europa medieval, Egípcios, Africanos, Gregos, Romanos, dos Cavaleiros da Távola Redonda, dos doze trabalhos de Hércules. Uma série fantástica para quem gosta de "viajar" por este mundo deslumbrante.
Tema da Postagem: Contos; lendas; Vikings
30 janeiro 2018
Histórias para Despertar
Este livro despertou minha atenção pela sua característica. É uma coletânea de fábulas e contos de fadas para falar de filosofia para crianças. Excelente iniciativa de Isabella Galvão Arruda, que aos 15 anos, em 2009, lançou esta obra, mas começou a escreve-la com a idade de 13 anos. Não se estranha este gosto por filosofia, pois nasceu em ambiente de pais filósofos, ambos professores da Escola de Filosofia Nova Acrópole, onde hoje também desenvolve projetos de educação infantil voltados à filosofia.
São ao todo trinta contos, com temas que trazem A Ética e a Moral; Bagavad Gita; A Voz do Silêncio; Siddharta Gautama: o Buda; A Moral no Antigo Egito; Confúcio; Aristóteles; Plotino; Kant; Sociopolítica; Se o Mundo Fosse uma Vila; a Cidade dos Sonhos; A Máquina do Tempo; Roma e os Cidadãos do Mundo; O Amor Vence Fronteiras; A Guerra de Jerusalém; o Rei Camponês; O Diário Aventureiro de um Náufrago; A República de Platão; Estóicos; Filosofia da História.
De texto agradável e profundo no seu conteúdo. Leitura perfeita para quem deseja mergulhar na busca da sabedoria. Excelente para o público infantil e juvenil para despertar a consciência sobre temas importantes a respeito da vida. As ilustrações são desenhos realizados por crianças, o que o torna muito agradável aos olhos. Livro mais que recomendado!
Quem tiver interesse em adquiri-lo deve fazer seu pedido através do e-mail luciahga@hotmail.com
O livro também pode ser encontrado como e-book na Amazon.
Tema da Postagem: Filosofia para Criança
Acesse o link para ouvir uma história do livro:
https://soundcloud.com/ala-voloshyn/umahistoriasobreahistoria-alavoloshyn
São ao todo trinta contos, com temas que trazem A Ética e a Moral; Bagavad Gita; A Voz do Silêncio; Siddharta Gautama: o Buda; A Moral no Antigo Egito; Confúcio; Aristóteles; Plotino; Kant; Sociopolítica; Se o Mundo Fosse uma Vila; a Cidade dos Sonhos; A Máquina do Tempo; Roma e os Cidadãos do Mundo; O Amor Vence Fronteiras; A Guerra de Jerusalém; o Rei Camponês; O Diário Aventureiro de um Náufrago; A República de Platão; Estóicos; Filosofia da História.
De texto agradável e profundo no seu conteúdo. Leitura perfeita para quem deseja mergulhar na busca da sabedoria. Excelente para o público infantil e juvenil para despertar a consciência sobre temas importantes a respeito da vida. As ilustrações são desenhos realizados por crianças, o que o torna muito agradável aos olhos. Livro mais que recomendado!
Quem tiver interesse em adquiri-lo deve fazer seu pedido através do e-mail luciahga@hotmail.com
O livro também pode ser encontrado como e-book na Amazon.
Tema da Postagem: Filosofia para Criança
Acesse o link para ouvir uma história do livro:
https://soundcloud.com/ala-voloshyn/umahistoriasobreahistoria-alavoloshyn
01 novembro 2017
Vô, eu sei domar abelhas
Monika Feth traz aqui sua sabedoria e sensibilidade ao tratar da morte. Conta-nos a história de um menino que vive a passagem de seu avô. Os sentimentos em relação à perda são descritos de maneira tão poética, sensível e com senso de realidade, que justificam minha admiração por esta autora. O desfecho da narrativa é elevado, mostra a superação do menino quando transforma a dor em consciência da continuidade de seu avô, não mais em corpo físico, mas em espírito.
Isabel Pin, com igual sensibilidade e consciência elevada transmite em imagens a trajetória do menino, onde seus sentimentos são demonstrados de maneira surpreendente. A arte se sobrepõe a mostrar as sutilezas do texto, o que irá solicitar igual sensibilidade do leitor.
Esta é uma obra que não pode faltar num lar onde o amor vive em tudo.
Tema da Postagem: Morte; Luto; Superação
Isabel Pin, com igual sensibilidade e consciência elevada transmite em imagens a trajetória do menino, onde seus sentimentos são demonstrados de maneira surpreendente. A arte se sobrepõe a mostrar as sutilezas do texto, o que irá solicitar igual sensibilidade do leitor.
Esta é uma obra que não pode faltar num lar onde o amor vive em tudo.
Tema da Postagem: Morte; Luto; Superação
19 outubro 2017
O Ratinho, o Morango Vermelho Maduro e o Grande Urso Esfomeado
Mais um livro da dupla perfeita, Audrey e Don Wood. Não há uma criança que não fique encantada com suas histórias e ilustrações! Mas estou certa que não só as crianças se encantam, os adultos também, pois a poética das imagens e a dinâmica do texto, fazem-nos mergulhar num imaginário de terna beleza.
Esta é a história de um lindo ratinho que colhe um enorme morango e precisa protege-lo de um (suposto) urso esfomeado.
Cenas divertidas nos conduzem por todo o livro, que pode tornar a leitura ou a contação de história, simplesmente....encantadora!
É muito encanto, certo? Mas é mesmo!
Tema da Postagem: Imaginação
Esta é a história de um lindo ratinho que colhe um enorme morango e precisa protege-lo de um (suposto) urso esfomeado.
Cenas divertidas nos conduzem por todo o livro, que pode tornar a leitura ou a contação de história, simplesmente....encantadora!
É muito encanto, certo? Mas é mesmo!
Tema da Postagem: Imaginação
24 setembro 2017
Fábulas
Liev Tolstói (1828 - 1910), escritor russo, amado pelas crianças. Por se preocupar com sua educação, escreveu para elas com atenção e esmero, como todo aquele que sinceramente trabalha pela elevação e bom desenvolvimento da infância. Sentia muito carinho pelo homem simples, especialmente do campo. Preocupava-se pela desigualdade social e suas consequentes injustiças incluindo a falta de escolas. Guiado pelo seu ideal de desenvolvimento social fundamentado na educação, em 1859 fundou na sua propriedade uma escola gratuita para crianças de classes pobres e realizou a abertura de outras vinte escolas na região. Um exemplo lindo de quem realiza em prol do outro!
Aqui neste livro encontramos fábulas escritas por este admirável autor, onde podemos mergulhar em reflexão sobre orgulho, inveja, opressão, prudência, companheirismo, astúcia. Numa escrita simples, humorada e clara, para que possamos aproveitar ao máximo de suas mensagens.
As traduções do russo para o português são de Tatiana Gueorguievna Mariz e sua filha Ana Sofia Mariz.
As belíssimas ilustrações em aquarela ficam a cargo do fabuloso artista plástico Gonzalo Cárcamo.
Este é um livro para crianças e adultos, sem dúvida todos poderão se inspirar nestas histórias ricas em conteúdo. Mergulhem em suas palavras!
Tema da Postagem: Fábulas
Tema da Postagem: Fábulas
Se desejar ouvir uma das fábulas, acesse o link:
https://soundcloud.com/ala-voloshyn/tolstoi-narracaoalavoloshyn
30 abril 2017
Contos e Lendas da África
Quando desejar um conto com profundidade e grande sabedoria escolha o africano.
Este livro traz 17 contos da tradição oral. Excelentes para provocar reflexões importantes, com ensinamentos sem lições de moral. Apenas a história é o bastante para despertar percepções mais aguçadas sobre o universo das relações humanas, sua diversidade e complexidade. No cenário da narrativa vemos animais, princesas africanas, bruxos, caçadores a nos despertar a atenção página por página.
A escrita é de Yves Pinguilly, um francês, grande conhecedor do continente africano. A ilustração é arte de Cathy Millet, pseudônimo de Christian Roux.
Uma obra como esta não pode faltar num lar, biblioteca e escola!
Tema da Postagem: Contos; Lendas; África
* Narro o conto Abdu, o Cego e o Crocodilo, de Uolof, Senegal. Ouça no SoundCloud através do link
https://soundcloud.com/ala-voloshyn/abdu
Este livro traz 17 contos da tradição oral. Excelentes para provocar reflexões importantes, com ensinamentos sem lições de moral. Apenas a história é o bastante para despertar percepções mais aguçadas sobre o universo das relações humanas, sua diversidade e complexidade. No cenário da narrativa vemos animais, princesas africanas, bruxos, caçadores a nos despertar a atenção página por página.
A escrita é de Yves Pinguilly, um francês, grande conhecedor do continente africano. A ilustração é arte de Cathy Millet, pseudônimo de Christian Roux.
Uma obra como esta não pode faltar num lar, biblioteca e escola!
Tema da Postagem: Contos; Lendas; África
* Narro o conto Abdu, o Cego e o Crocodilo, de Uolof, Senegal. Ouça no SoundCloud através do link
https://soundcloud.com/ala-voloshyn/abdu
12 abril 2017
108 Contos e Parábolas Orientais
Uma sugestão mais que feliz lhe faço. 108 contos e parábolas orientais selecionados e comentados por Monja Coen. Valiosos esclarecimentos espirituais sob a ótica da tradição Soto Zen Budista.
Numa linguagem de fácil entendimento, para estimular no leitor, diz Monja Coen: "o anseio para o encontro profundo e verdadeiro com sua própria natureza. E, através da apreciação, reflexão, estudo, e meditação sobre estes contos, possa acessar a mente desperta e torná-la cada vez mais sua, mais intima, mais clara."
Por ser uma leitura simples é uma ótima sugestão para crianças, mas na verdade, é indicação para toda pessoa que deseja se aprimorar.
Tema da Postagem: Tradição Soto Zen Budista; Contos; Parábolas
Se desejar ouvir um dos contos, pode fazê-lo acessando o link:
https://soundcloud.com/ala-voloshyn/cada-pessoa-tem
Numa linguagem de fácil entendimento, para estimular no leitor, diz Monja Coen: "o anseio para o encontro profundo e verdadeiro com sua própria natureza. E, através da apreciação, reflexão, estudo, e meditação sobre estes contos, possa acessar a mente desperta e torná-la cada vez mais sua, mais intima, mais clara."
Por ser uma leitura simples é uma ótima sugestão para crianças, mas na verdade, é indicação para toda pessoa que deseja se aprimorar.
Tema da Postagem: Tradição Soto Zen Budista; Contos; Parábolas
Se desejar ouvir um dos contos, pode fazê-lo acessando o link:
https://soundcloud.com/ala-voloshyn/cada-pessoa-tem
15 fevereiro 2017
Tarde de Inverno
Poema de Jorge Luján, que traduz em poucos versos os sentimentos de um menino que espera por sua mãe com os olhos grudados na janela, numa tarde de inverno. Ele faz desenhos com o dedo na vidraça embaçada e através deles procura por sua mãe.
As palavras traduzem bem a espera paciente, a alegria ao avistar a mãe no caminho de volta e o abraço desejado. Mas é fascinante ver as imagens de Mandana Sadat! O que mais impressiona é sua sensibilidade ao ilustrar os sentimentos da criança. É belíssima a tradução em figuras, onde um olhar atento e sensível perceberá detalhes refinados de cada parte da narrativa. Se não existisse o texto, as imagens bastariam para o entendimento do cenário.
É um banho de sensibilidade e afeto cada página deste livro. Absolutamente imperdível!
A dupla de criação tem seu valor reconhecido. Jorge Luján, nasceu em Córdoba, Argentina, formado em arquitetura, desde 1978 mora na cidade do México e tem várias obras literárias publicadas, que lhe renderam alguns prêmios. Em parceria com Mandana Sadat, o resultado só poderia ser belo! Ela nasceu em 1971, na França. Após se formar em Belas-Artes pela Universidade de Estrasburgo, dedicou-se a escrever e ilustrar livros infantis. Também tem vários prêmios, entre eles o Prix France Télévision, em 2006.
Tema da Postagem: Saudade; Sentimento
As palavras traduzem bem a espera paciente, a alegria ao avistar a mãe no caminho de volta e o abraço desejado. Mas é fascinante ver as imagens de Mandana Sadat! O que mais impressiona é sua sensibilidade ao ilustrar os sentimentos da criança. É belíssima a tradução em figuras, onde um olhar atento e sensível perceberá detalhes refinados de cada parte da narrativa. Se não existisse o texto, as imagens bastariam para o entendimento do cenário.
É um banho de sensibilidade e afeto cada página deste livro. Absolutamente imperdível!
A dupla de criação tem seu valor reconhecido. Jorge Luján, nasceu em Córdoba, Argentina, formado em arquitetura, desde 1978 mora na cidade do México e tem várias obras literárias publicadas, que lhe renderam alguns prêmios. Em parceria com Mandana Sadat, o resultado só poderia ser belo! Ela nasceu em 1971, na França. Após se formar em Belas-Artes pela Universidade de Estrasburgo, dedicou-se a escrever e ilustrar livros infantis. Também tem vários prêmios, entre eles o Prix France Télévision, em 2006.
Tema da Postagem: Saudade; Sentimento
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Ilustração |
17 dezembro 2016
Áudio: A Menina, as Formigas e o Boi
28 novembro 2016
De Medos e Assombrações
O medo é um tema que alguns gostam e outros não, alguns acreditam que deva
ser evitado na escrita para crianças e outros não. Assunto bom para debates!
Mas não há divergência quando olhamos para nós e percebemos que medos existem
bem lá no fundo de nosso ser, alguns guardados e outros esperando sua vez para
se mostrar. Ninguém pode negar seus medos! E como lidar com este que pode ser
um inimigo, quando nos deixa acuados ou um grande amigo, quando conseguimos
supera-lo e dar mais um belo passo nesta nossa empreitada chamada vida!
Neste livro há seis contos escritos pela grande Cora Coralina. Aqui foi feita uma seleção de textos sobre o medo, que também podem ser encontrados no Tesouro da Casa Velha, onde só fica faltando o Procissão das Almas, que eu pessoalmente gosto muito, porque alma é um assunto que me interessa!
Nesta edição estão As Capas do Diabo, O Capitão-mor, Medo, O Corpo de Delito, Candoca e Procissão das Almas. São narrativas que não devem nada a Edgar Allan Poe, só pra você ter uma ideia do clima que se forma no decorrer das páginas! Cora, como sempre, vai nos envolvendo com seu jeito poético, simpático e sincero de contar. Fica muito difícil de não se arrepiar de medo ao mergulhar nas cenas descritas!
A composição texto/imagem fica perfeita com o belo trabalho do ilustrador Soud, um carioca, que vive em São Paulo e publica nos mercados nacional e internacional.
De Medos e Assombrações é um livro ótimo para quando se quer deixar a imaginação correr solta entre medos e mistérios!
Neste livro há seis contos escritos pela grande Cora Coralina. Aqui foi feita uma seleção de textos sobre o medo, que também podem ser encontrados no Tesouro da Casa Velha, onde só fica faltando o Procissão das Almas, que eu pessoalmente gosto muito, porque alma é um assunto que me interessa!
Nesta edição estão As Capas do Diabo, O Capitão-mor, Medo, O Corpo de Delito, Candoca e Procissão das Almas. São narrativas que não devem nada a Edgar Allan Poe, só pra você ter uma ideia do clima que se forma no decorrer das páginas! Cora, como sempre, vai nos envolvendo com seu jeito poético, simpático e sincero de contar. Fica muito difícil de não se arrepiar de medo ao mergulhar nas cenas descritas!
A composição texto/imagem fica perfeita com o belo trabalho do ilustrador Soud, um carioca, que vive em São Paulo e publica nos mercados nacional e internacional.
De Medos e Assombrações é um livro ótimo para quando se quer deixar a imaginação correr solta entre medos e mistérios!
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ilustração do Procissão das Almas
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25 novembro 2016
A Águia Que Não Queria Voar
Esta história foi escrita por James Aggrey, 1875-1927, missionário e pedagogo, nascido em Anomabu, uma cidade de Gana, África. Ele escreveu este texto numa época em que a África tinha todos seus países dominados por nações europeias e o negro era visto como raça inferior. Aggrey quis chamar atenção de seu povo para questionar e refletir sobre esta condição imposta, que não tinha nada de verdadeiro em seu teor.
O livro traz a história de uma águia, que criada desde filhote entre galinhas, como uma galinha, se recusa a abrir suas imensas asas e voar grandes alturas, como é característica de sua espécie. Uma ave nobre é transformada em galinha, que consegue apenas voos rasantes.
Incrível pensar nisto! Um ser de bela magnitude aprisionado em sua essência numa condição inferior. E se transferirmos esta narrativa para a vida humana encontraremos exatamente o mesmo. Quantos de nós com potencial imenso vivemos em quadrantes limitadores, fazendo sufocar a alma, tão carente de expansão e crescimento! Como queria Aggrey, podemos refletir e buscar meios para nos libertar de prisões internas armadas pelo externo opressor.
Leitura inspiradora e rica em conteúdo com ilustrações do fantástico Wolf Erlbruch, que escreveu e ilustrou o magnífico O Pato, a Morte e a Tulipa, exposto neste blog também.
A Águia Que Não Queria Voar é uma obra importante para sua biblioteca! Acredite.
O livro traz a história de uma águia, que criada desde filhote entre galinhas, como uma galinha, se recusa a abrir suas imensas asas e voar grandes alturas, como é característica de sua espécie. Uma ave nobre é transformada em galinha, que consegue apenas voos rasantes.
Incrível pensar nisto! Um ser de bela magnitude aprisionado em sua essência numa condição inferior. E se transferirmos esta narrativa para a vida humana encontraremos exatamente o mesmo. Quantos de nós com potencial imenso vivemos em quadrantes limitadores, fazendo sufocar a alma, tão carente de expansão e crescimento! Como queria Aggrey, podemos refletir e buscar meios para nos libertar de prisões internas armadas pelo externo opressor.
Leitura inspiradora e rica em conteúdo com ilustrações do fantástico Wolf Erlbruch, que escreveu e ilustrou o magnífico O Pato, a Morte e a Tulipa, exposto neste blog também.
A Águia Que Não Queria Voar é uma obra importante para sua biblioteca! Acredite.
01 setembro 2016
A Criação do Mundo - Contos e Lendas Afro-brasileiros
Escrever sobre este livro é tarefa muito agradável. Leitura em que não se sente o tempo passar. O autor nos leva para as cenas dos contos com facilidade e assim podemos ser capazes de circular por entre os personagens sem que nos percebam e viver todos os momentos da criação do mundo, através da mitologia dos orixás.
Adetutu, uma jovem africana, é capturada por caçadores de escravos e levada ao Brasil num navio negreiro. Durante árdua viagem sonha com a criação do mundo pelos orixás. Ela se transporta e acompanha todos os momentos da criação. De cada orixá ganha um presente que os representa e guarda em uma sacolinha que leva consigo.
Adetutu tem a honra de encontrar os deuses de seu povo, Oxalá, Xangô, Iemanjá, Iansã, Exu, Ogum, Oxóssi, Ossaim, Ibejis, Iroco, Nanã, Omulu, Oxumarê, Euá, Obá, Oxum, Logum Edé, Ifá, Odudua, Oxaguiã. Cada um com seus mitos, ritos e objetos sagrados.
O navio negreiro chega ao Brasil, na cidade de Salvador, Bahia. Adetutu, se torna Maria da Conceição e protagoniza, como iniciada nos rigores da religião africana, a ancoragem do Candomblé, em terras brasileiras.
O autor Reginaldo Prandi, professor da USP, escreveu muitos livros de sociologia e mitologia, entre eles, Mitologia dos Orixás e Segredos Guardados, que é uma excelente sugestão para quem deseja se aprofundar no panteão africano. Também escreveu livros infantojuvenis abordando temas da mitologia africana. Joana Lira, ilustra o texto compondo a obra com primazia.
Também acompanha o livro um apêndice, que nos esclarece sobre os deuses da mitologia afro-brasileira.
Mais uma sugestão de leitura deixo aqui. Estou certa que lhe encantará!
Adetutu, uma jovem africana, é capturada por caçadores de escravos e levada ao Brasil num navio negreiro. Durante árdua viagem sonha com a criação do mundo pelos orixás. Ela se transporta e acompanha todos os momentos da criação. De cada orixá ganha um presente que os representa e guarda em uma sacolinha que leva consigo.
Adetutu tem a honra de encontrar os deuses de seu povo, Oxalá, Xangô, Iemanjá, Iansã, Exu, Ogum, Oxóssi, Ossaim, Ibejis, Iroco, Nanã, Omulu, Oxumarê, Euá, Obá, Oxum, Logum Edé, Ifá, Odudua, Oxaguiã. Cada um com seus mitos, ritos e objetos sagrados.
O navio negreiro chega ao Brasil, na cidade de Salvador, Bahia. Adetutu, se torna Maria da Conceição e protagoniza, como iniciada nos rigores da religião africana, a ancoragem do Candomblé, em terras brasileiras.
O autor Reginaldo Prandi, professor da USP, escreveu muitos livros de sociologia e mitologia, entre eles, Mitologia dos Orixás e Segredos Guardados, que é uma excelente sugestão para quem deseja se aprofundar no panteão africano. Também escreveu livros infantojuvenis abordando temas da mitologia africana. Joana Lira, ilustra o texto compondo a obra com primazia.
Também acompanha o livro um apêndice, que nos esclarece sobre os deuses da mitologia afro-brasileira.
Mais uma sugestão de leitura deixo aqui. Estou certa que lhe encantará!
23 julho 2016
Os Meninos Verdes

Cora Coralina, chama este conto de estória, mas eu digo que é uma história, porque acredito que Meninos Verdes existem e se você tiver uma horta ou jardim, quem sabe pode tê-los bem perto de você!
O texto é de Cora Coralina e as ilustrações de Cláudia Scatamacchia. O livro é lindo demais. Um encanto, como tudo de Cora Coralina!
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Ilustração |
18 julho 2016
O Rei Mocho
O Rei Mocho (conto originário dos sena, etnia do centro de Moçambique) é o primeiro volume de uma coletânea de dez volumes intitulada Contos de Moçambique, resultado de um projeto de colaboração entre a Escola Portuguesa de Moçambique e a Fundació Contes pel Món, de Barcelona, Espanha.
Em 2016 temos a primeira edição brasileira desta coletânea que começa com este inspirador conto, a nos mostrar um reino de pássaros ao ver sua harmonia modificada por uma intervenção vinda de uma dedução, que faz acreditar haver má fé na consagração de mocho como rei dos pássaros, empossado para defender e manter a segurança da comunidade por ter chifres, mas que de fato eram penas em forma de chifres.
Aqui o questionamento se faz no sentido da intervenção ou seja, levanta a dúvida do quanto é benéfico intervir com julgamento numa situação que, de certa forma corre bem. Faz indagar até que ponto nosso conceito de verdade pode provocar danos, pois nem sempre o que imaginamos ser um dano, pode de fato ser, e quando interferimos baseados em nossa visão podemos causar um desequilíbrio, muitas vezes de difícil solução.
Ungulani Ba Ka Khosa, nome tsonga ( grupo étnico do sul de Moçambique) de Francisco Esaú Cossa, que reconta este conto introduzindo a figura humana como elemento a causar o desequilíbrio no reino dos pássaros, mesmo não existindo na forma original, por perceber o Homem como responsável nos desequilíbrios no ambiente ao seu redor.
Destaco as palavras do autor ao explicar seus sentimentos ao ler o conto O Rei Mocho, por considerá-las de grande importância na reflexão que esta obra pode causar: "...o que mais me afetou foi esse saber secular demonstrado na história de que o crime moral, étnico, é tão ou mais cruel como os outros crimes. E a reparação desses males, seguindo a moral da história, valem por uma vida inteira. É uma lição que os tempos modernos tendem a anular." E ao se referir à intervenção arbitrária, ele continua dizendo em outro trecho: "...Imaginemos que o mocho tinha certeza de que os tufos de penas que alcandoravam na cabeça eram chifres à dimensão da sua espécie, e que outros pássaros tinham deste fato consciência. Mas o homem, querendo impor a dita verdade, dita outras regras..."
Para completar a magnitude deste livro, as ilustrações são realizadas com pinturas em técnica de batique, de colorido fantástico, pelo artista moçambicano Americo Mavale.
Fica pra você esta indicação, que me causou grande admiração.
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Ilustração |
15 julho 2016
O Catador de Pensamentos
Você conhece o Sr. Rabuja? Se não conhece precisa conhecer! Ele é um homem já idoso que faz algo muito especial. É um catador de pensamentos. Acha estranho? Pode parecer, mas é admirável seu ofício. Toda manhã, sempre as seis e meia, Sr. Rabuja passa pelas ruas da cidade onde mora catando pensamentos. Ele pode ouví-los, estejam onde estiverem, e quando os percebe, através de um suave assobio os atrai para sua mochila. É assim o dia inteiro. Depois os leva para casa e lá os separa por letras. Sim, letras! Prateleira A para pensamentos amáveis, agressivos.... Na prateleira B ficam os pensamentos bobos, bondosos.... Na C organiza os corajosos, caóticos....e assim até Z. E o mais bonito de tudo isso é que logo depois que descansa, planta todos esses pensamentos em canteiros de seu jardim e bem cedinho, um pouco antes do Sol surgir, Sr. Rabuja acorda e corre para ver as lindas flores que brotam, de todas as cores e formas. Tudo é encantador até que estas flores se transformam em partículas que sobem pelo ar emanando suaves sons! Não é fantástico! E estes pedacinhos de flores/pensamento entram pelas frestas das casas enquanto as pessoas ainda dormem, se depositam em suas testas estimulando sonhos e novos pensamentos.
A ideia de Monika Feth em escrever este texto foi demais feliz. Ela nos leva para um mundo que muitas vezes não nos damos conta, mas que está o tempo todo em nós e a nossa volta: os pensamentos que criamos, que tem vida, muito mais do que podemos imaginar! E com as ilustrações de Antoni Boratynski, tudo se torna deslumbrante.Este é um livro que me fascinou logo na primeira leitura e estou certa de que você também gostará, especialmente se aprecia temas profundos e multifacetados, expostos de maneira inteligente e sensível.
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sr. Rabuja chama os pensamentos |
15 junho 2016
Dunas de Água

31 maio 2016
O Violino Cigano (e outros contos de mulheres sábias)

É uma coletânea de dezesseis contos de várias origens: árabe, tibetana, turquestana, irlandesa, armênia, caucasiana, brasileira, persa, indiana, cigana, chinesa e grega.
Não sei qual deles é o mais bonito! Posso dizer que todos tem uma lição que dará margem à reflexão e compreensão do ser mulher.
Fica aqui mais uma sugestão para quem deseja mergulhar no mundo dos contos, que são contados e recontados para nos despertar no mais íntimo do nosso ser!
24 maio 2016
Contos e Lendas da Europa Medieval

Com texto de Gilles Massardier e ilustrações de Arnauld Rouèche será possível transitar por entre dragões, cavaleiros, lobisomens, monges, contadores de histórias, princesas, fadas e é claro, o diabo, que não poderia faltar! O clima criado é fantástico, onde a imaginação e o sobrenatural abusam de seus poderes.
São onze contos muito interessantes e se você, como eu, gosta do imaginário medieval, vai adorar cada página! Tudo é descrito com muita propriedade por Gilles, um professor de história, que tem interesse pela literatura medieval desde criança, talvez por isso sua narrativa seja tão agradável e envolvente!
Fica aqui mais uma dica para enriquecer sua biblioteca pessoal.
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